Por Vinícius Kepe
A produção de Curtas Metragens, que no Brasil, em função da
Lei do Curta, são classificados os filmes que possuem duração igual ou inferior
a 15 minutos, apresentou atualmente um aumento significativo no cenário do
audiovisual brasileiro. Como exemplo
disto, na última edição (10ª) do festival de cinema de Santos (Curta Santos) foram inscritos mais de 800
trabalhos para serem analisados e selecionados para compor as principais
categorias e a programação das exibições. Desde a primeira edição foram somados
mais de cinco mil trabalhos. Em função disto, o número de festivais e mostras
também cresceu. Idealizadores daqui e de outras regiões do Brasil também
sentiram a necessidade de ampliar o canal de exibição desses projetos e
viabilizaram eventos a favor do cinema. Hoje temos, entre eles, além do Curta
Santos, o CINEME-SE (Santos-SP), o “Curta o Planeta” (Goiânia-GO) e a “Mostra
Competitiva Curta Noite” (Rio de Janeiro-RJ).
O roteirista e diretor de Shatter
Down, produção selecionado para ser exibida na sessão Maratona de Curtas do
CINEME-SE 2012, Marco T. Alves, diz que “a facilidade de se produzir com as
câmeras digitais e agora com celulares e outros dispositivos são, sem dúvidas,
fatores de impulso” para o interesse da produção de filmes curtos. “Aliados às
possibilidades de exibição na internet, formam um panorama convidativo, mesmo
para pessoas que não tem formação na área. A questão então é produzir algo que
seja relevante em meio a tantas outras produções”, comenta o diretor.
Marco, que é formado em Publicidade e fez pós-graduação em
Argumento e Roteiro na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), comenta sobre
a sua crença no formato dos Curtas. "Principalmente com o advento
de novas mídias e dispositivos móveis, que são ótimos para esses meios por sua
curta duração”,diz Marco.
Ao ser questionado sobre as dificuldades que existem para se
fazer um bom Curta, ele aconselha que boas ideias são fundamentais para uma
produção onde o orçamento, muitas vezes, faz jus ao tempo limite do formato. E
que, equiparar o significado que possui a estória, para ele, com o adquirido
pelo público, é a maior responsabilidade do filme. Marco complementa: “não é fácil,
mas o que parece inibidor pode, na verdade, ser algo liberador. Comigo foi
assim”.
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