terça-feira, 27 de novembro de 2012

Produção de Curtas cresce no Brasil



Por Vinícius Kepe

A produção de Curtas Metragens, que no Brasil, em função da Lei do Curta, são classificados os filmes que possuem duração igual ou inferior a 15 minutos, apresentou atualmente um aumento significativo no cenário do audiovisual brasileiro.  Como exemplo disto, na última edição (10ª) do festival de cinema de Santos (Curta Santos) foram inscritos mais de 800 trabalhos para serem analisados e selecionados para compor as principais categorias e a programação das exibições. Desde a primeira edição foram somados mais de cinco mil trabalhos. Em função disto, o número de festivais e mostras também cresceu. Idealizadores daqui e de outras regiões do Brasil também sentiram a necessidade de ampliar o canal de exibição desses projetos e viabilizaram eventos a favor do cinema. Hoje temos, entre eles, além do Curta Santos, o CINEME-SE (Santos-SP), o “Curta o Planeta” (Goiânia-GO) e a “Mostra Competitiva Curta Noite” (Rio de Janeiro-RJ).

O roteirista e diretor de Shatter Down, produção selecionado para ser exibida na sessão Maratona de Curtas do CINEME-SE 2012, Marco T. Alves, diz que “a facilidade de se produzir com as câmeras digitais e agora com celulares e outros dispositivos são, sem dúvidas, fatores de impulso” para o interesse da produção de filmes curtos. “Aliados às possibilidades de exibição na internet, formam um panorama convidativo, mesmo para pessoas que não tem formação na área. A questão então é produzir algo que seja relevante em meio a tantas outras produções”, comenta o diretor.

Marco, que é formado em Publicidade e fez pós-graduação em Argumento e Roteiro na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), comenta sobre a sua crença no formato dos Curtas. "Principalmente com o advento de novas mídias e dispositivos móveis, que são ótimos para esses meios por sua curta duração”,diz Marco.

Ao ser questionado sobre as dificuldades que existem para se fazer um bom Curta, ele aconselha que boas ideias são fundamentais para uma produção onde o orçamento, muitas vezes, faz jus ao tempo limite do formato. E que, equiparar o significado que possui a estória, para ele, com o adquirido pelo público, é a maior responsabilidade do filme. Marco complementa: “não é fácil, mas o que parece inibidor pode, na verdade, ser algo liberador. Comigo foi assim”.

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