sexta-feira, 17 de julho de 2009

“Cinema Brasileiro de alto nível”

Essas foram as palavras do diretor de cinema Durval Moretto, após a exibição dos sete curtas apresentados ontem, no segundo dia do Cineme-se 2009.


Com aproximadamente 50 espectadores, o segundo dia da sessão Cineme-se, tornou o ambiente ainda mais intimista. Os sete curtas mostrados foram:

“Rose Dolls – Hora do Show”, esta animação de apenas três minutos e 30 segundos foi dirigida por Rodrigo Santos e mostra o desespero de uma adolescente para assistir o show da sua banda favorita;

“Varias vidas de Joana”, dirigido por Abelardo de Carvalho e Cavi Borges, conta a história de uma menina do interior, que aos 18 anos pisa na cidade do Rio de Janeiro, em primeiro de abril de 1964, e portanto a história do Brasil e da jovem crescem juntos;

“São” dirigido por Pedro Severin, o curta conta a história de Lúcio, um homem que após a morte do pai, recebe uma carta dele, o conteúdo da mensagem é tão perturbador, que torna a vida com sua esposa Maria Luiza um jogo de poder;

“Pensão”, dirigido por Marcelo Presotto, o filme conta a história de um jovem que mora na São Paulo da década de 80, e que após discussões com a mãe resolve morar em uma pensão. Lá ele encontra uma nova vida, que mostra seus medos e sua irreverência, típicas da época. Segundo Moretto este curta tem uma boa dinâmica de áudio. “Nesse filme o que realmente dá o ritmo é o áudio, a música, o som, que ressalta a tensão das cenas”, afimou.


Após o quarto curta, dois espectadores ganharam um brinde cedido pela Flor e Trapo. Em seguida, Márcia Okida e Fabio Machado cantaram duas músicas, além do intervalo, os componentes da banda Noizquatro deram uma prévia do que ocorrerá no sábado, na sessão Buena Vista, onde músicas de filmes são cantas ao vivo, enquanto as cenas estão sendo mostradas.


O quinto curta foi um documentário chamado “Mar negro – A história e a luta de refugiados africanos no Brasil”, dirigido por Jonatha Carvalho e Renato Silvestre, dois alunos do último ano de jornalismo da Unisanta, que fizeram o filme como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

O documentário conta história de imigrantes ilegais vindos do continente africano, mesclado as experiências dos realizadores. Moretto disse que é muito bom ver estudantes fazendo trabalhos muito bons.

“O filme teve um grande trabalho de pesquisa, que foi demonstrado na tela”, salientou. Os dois diretores estiveram presentes e puderam comentar sobre a exibição. Renato Silvestre disse que foi um trabalho de iniciante. “Tínhamos poucos recurso, mas a busca foi por histórias”, afirmou.

Já Jonatha Carvalho reafirmou que foi um grande trabalho de pesquisa. “Nós tivemos que buscar muitas histórias, e saber onde elas estavam. A nossa intenção foi mostrar as histórias de um povo ignorado aqui na região”, disse.

O sexto curta foi “O Atirador”, dirigido por Juliano Verardi, que conta a história de um executivo que vai para o alto de um prédio munido de um rifle, e com ele tem muitas idéias do que fazer com ele, mas a conclusão só o público decidirá.

O sétimo e último curta exibido foi “Calango lengo – Morte e vida sem ver água”, o mesmo da abertura do Festival, este filme foi dirigido por Fernando Miler. No final Moretto e Eduardo Ricci discutiram sobre os curtas exibidos e foi aberto para o público.

Texto: Bruno Piesco

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